terça-feira, 28 de março de 2017

Correios confirmam atraso em entregas em 10 cidades de SC

G1
27/03/2017

Os Correios informaram que há atrasos na entrega de correspondências e encomendas em 10 cidades catarinenses: Jaraguá do Sul, no Norte, Balneário Camboriú, Navegantes e Penha, no Litoral Norte, Blumenau, Itajaí e Brusque, no Vale do Itajaí, e Florianópolis, Palhoça e São José, na Grande Florianópolis. Em Penha, o Procon chegou a denunciar o caso ao Ministério Público Federal (MPF), como mostrou o Jornal do Almoço desta segunda-feira (27).

Em nota, os Correios afirmam que o atraso é por causa da falta de pessoal, com empregados afastados por motivo de saúde e do Código de Endereçamento Postal (CEP) errado. Quanto à regularização dos serviços, a empresa não tem previsão, mas disse que está empenhada para que isso ocorra o quanto antes. O telefone da Central de Atendimento dos Correios é o 0800-725-01-00.

Atrasos

O número de reclamações motivou a denúncia do Procon de Penha. "O consumidor hoje recebe em torno de 20 a 30 dias uma correspondência em atraso após a data de vencimento. Tem dois bairros hoje da cidade que não estão tendo entregas, porém bairros que sempre receberam de forma correta, dentro do prazo", afirmou Elton Cantenor Teixeira, do Procon de Penha.

Em Itajaí, o problema afeta toda a região. Em Balneário Camboriú, os moradores relataram que o atraso na entrega das correspondências começou há cerca de quatro meses e, às vezes, o carteiro simplesmente não passa. Dessa forma, os moradores precisam ir até o Centro de Distribuição, que funciona das 14h às 16h.

"Estou irritada por isso. Porque eu tenho que estar indo nos lugares para pegar boleto, para eu poder pagar boleto", relatou a aposentada Rita do Amaral.

Um mês de espera

Em Florianópolis, as entregas dos Correios também estão atrasadas. O comerciante Nicolau Roger dos Santos espera há um mês por uma peça que comprou em Brusque, no Vale do Itajaí, cidade distante cerca de 90 quilômetros da capital catarinense.


A peça que ele comprou já está em Florianópolis desde 12 de março. Ele tentou buscar pessoalmente, mas não conseguiu. "Fui duas vezes lá. Falei com o supervisor. Ele me disse que, infelizmente, ele não tinha material humano para atender à minha necessidade", relatou o comerciante.

Para o Sindicato dos Trabalhadores na Empresa de Correios e Telégrafos e Similares de Santa Catarina (Sintect), o problema vai além. "Os carros estão sem manutenção. O CDD [Centro de Distribuição Domiciliar] Ingleses, você pode olhar, de 31 motos, tem só 14 funcionando. A empresa não realiza concurso público desde 2011. E ela vem fazendo nos últimos três anos planos de aposentadoria incentivada, ela tem um plano de demissão incentivada, que foi renovado por mais dois meses, e ela não está substituindo essas vagas", relatou a diretora-executiva do Sintect, Thaís Moreira.

Caminho das cartas

Quando uma encomenda chega a Santa Catarina, ela vai para o centro de triagem, em Palhoça. Dali, segue para um dos cinco centros de entrega do estado. Se for uma correspondência, ela é encaminhada ao centro de tratamento de cartas, na vizinha São José. Lá, é separada por região e levada para um dos 49 centros de distribuição domiciliar do estado, onde os carteiros fazem a última separação antes de saírem para entrega. O prazo para receber depende do serviço contratado pelo cliente.

A assessoria dos Correios confirmou que cinco agências serão fechadas no estado entre abril e maio: duas em Florianópolis, uma em Joinville, no Norte, uma em Blumenau e uma em São José.

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