quinta-feira, 1 de setembro de 2016

Sem benefícios ou quase nada, essas são as 
propostas da ECT para o acordo coletivo

FENTECT
31 de Agosto de 2016

A empresa quer o fim do vale peru e do vale cultura. Isso ficou bem claro na reunião com o Comando Nacional de Negociação, nesta quarta-feira (31), quando ela propôs, entre outras, a extinção dos dois benefícios aos trabalhadores (as) dos Correios. Hoje foi dia do debate sobre a cláusula “Dos Malefícios”, já que essa parece ser a frase de ordem da ECT, com uma retirada de direito atrás de outra.

Em relação ao reembolso creche e reembolso babá, a empresa propôs pela redução da idade limite da criança para a concessão do benefício, passando de 7 para os 6 anos. Enquanto a proposta do comando visa o futuro, com o auxílio educação, para que o benefício seja concedido aos ecetistas que têm filhos, até o ensino fundamental.

No vale refeição/alimentação, reduções. Quem recebia 26, conforme proposto pela ECT, passa a receber 23, e de 30 para 27, àqueles com jornada regular, em 5 ou 6 dias da semana, respectivamente. E de onde ela retira benefícios, aumenta o custo para o trabalhador (a). Por isso, na contramão da conquista de 2015 pela diminuição nos valores, a participação do empregado (a) pode aumentar neste acordo coletivo de 0,5% a 15%, na hora de se alimentar:

-NM 01 a NM 18 para 5%
-NM 19 a NM38 para 10%
-NM 39 a NM90 para 15%
-NS 01 a NS 60 para 15%

Sobre o vale transporte, o comando não aceitará a imposição de limites no valor do benefício, bem como na jornada de trabalho in itinere. Amanhã, a ECT apresentará proposta. No entanto, foi sugerido o fim da limitação de 120 km para deslocamento até o local de trabalho, que será estabelecido independentemente da distância.

Patrocínios sem fim
Um dos grandes questionamentos dos trabalhadores foi levantado, sobre os valores gastos com patrocínios dos Correios. A empresa explanou apenas sobre as Olimpíadas 2016 e afirmou ter custado R$ 315 milhões até agora. O retorno dos serviços prestados e comercializados, de acordo com os representantes da ECT, está em R$ 233,6 milhões. Ainda segundo eles, o quantitativo pode aumentar com as Paralimpíadas.

O Comando de Negociação não está convencido e acredita que esses números não são suficientes para a transparência com os trabalhadores (as). Por isso, solicitaram que a ECT apresente os gastos com todos os patrocínios mantidos, não apenas dos atuais eventos.

As bases devem se mobilizar e lotar as assembleias entre os dias 6 e 9 de setembro, rumo à greve nacional, pois a empresa parece irredutível e tem como meta continuar a culpabilizar os próprios empregados (as) pela má gestão. Reflexo disso está na campanha salarial, pela qual a representação dos trabalhadores (as) insiste em mudanças e na valorização dos ecetistas, enquanto a gestão dos Correios maquia a realidade e retira direitos e benefícios da categoria.

Vamos à luta!

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