segunda-feira, 5 de setembro de 2016

PF deflagra operação que foca em Funcef, Petros, Previ e Postalis

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05/09/2016

A justiça determinou o sequestro de bens e o bloqueio de ativos de 103 pessoas físicas e jurídicas que são alvos da operação no valor aproximado de R$ 8 bilhões 

A Polícia Federal deflagrou na manhã desta segunda-feira a Operação Greenfield que apura crimes de gestão temerária e fraudulenta em desfavor de quatro dos maiores fundos de pensão do país: Funcef, Petros, Previ e Postalis. A ação conta com o auxílio técnico do Ministério Público Federal, da Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc) e da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Além de centenas de mandados, a Justiça determinou o sequestro de bens e o bloqueio de ativos e de recursos em contas bancárias de 103 pessoas físicas e jurídicas que são alvos da operação no valor aproximado de R$ 8 bilhões.

Os investigadores focaram em dez casos que provocaram déficits bilionários nos fundos de pensão. 

Desses, oito estão relacionados a investimentos realizados de forma temerária ou fraudulenta, por meio dos FIPs (Fundos de Investimentos em Participações).

Durante as investigações, alguns núcleos criminosos restaram configurados: o núcleo empresarial, o núcleo dirigente de fundos de pensão, o núcleo de empresas avaliadoras de ativos e o núcleo de gestores e administradores dos FIPs.

Estão sendo cumpridos 127 mandados judiciais expedidos pela 10ª Vara Federal de Brasília/DF: sete de prisão temporária, 106 de busca e apreensão e 34 de condução coercitiva nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia, Espírito Santo, Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina e Amazonas, além do Distrito Federal.

Os investigados responderão, na medida de suas participações, por gestão temerária ou fraudulenta, além de outros crimes contra o Sistema Financeiro Nacional, previstos na lei nº 7.492/86.

O nome da operação faz alusão a investimentos que envolvem projetos incipientes (iniciantes, em construção), ainda no papel, como se diz no jargão dos negócios. O contrário de investimentos Greenfield é o Brownfield, no qual os recursos são aportados em um empreendimento-empresa já em operação.

(Andreza Matais, Fábio Fabrini e Fabio Serapião)

PF está na sede do Postalis em Brasília

Além do fundo de pensão dos Correios, PF também investiga Funcef (Caixa Econômia), Petros (Petrobrás) e Previ (Banco do Brasil).

A Polícia Federal está na sede do Postalis em Brasília. O fundo de pensão dos Correios é um dos alvos da Operação Greenfield, deflagrada nesta segunda-feira, que atinge também Funcef (Caixa Econômia), Petros (Petrobrás) e Previ (Banco do Brasil). Os policiais chegaram no prédio às 6h30 da manhã.

A operação investiga investimentos realizados de forma temerária ou fraudulenta, por meio dos FIPs (Fundos de Investimentos em Participações) pelos fundos de pensão.

Esquema em fundos de pensão pode ter beneficiado políticos com doação eleitoral

Neste primeiro momento, o chamado "núcleo político" do esquema criminoso ainda não está delineado A Operação Greenfield, deflagrada nesta segunda-feira pela Polícia Federal investiga suspeitas de interferência política para que determinados investimentos que causaram prejuízos aos fundos de pensão fossem realizados. Uma outra linha de apuração é sobre se houve financiamento de campanhas eleitorais com recursos dos fundos.

Neste primeiro momento, o chamado “núcleo político” do esquema criminoso ainda não está delineado. Os mandados e outras ações cumpridas hoje foram determinadas pela 10a Vara Federal de Brasília, o que significa que não há alvos com prerrogativa de foro nesta etapa da operação. São investigados os quatro dos maiores fundos de pensão do país: Funcef (Caixa Econômica), Petros (Petrobrás), Previ (Banco do Brasil) e Postalis (Correios).

Os investigadores focaram em dez casos que provocaram déficits bilionários nos fundos de pensão. 

Desses, oito estão relacionados a investimentos realizados de forma temerária ou fraudulenta, por meio dos FIPs (Fundos de Investimentos em Participações).


(Andreza Matais, Fabio Serapião e Fábio Fabrini)

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